PSICOLOGIA AMBIENTAL E A SUBJETIVAÇÃO DO ESPAÇO ACADÊMICO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

No campo da Psicologia Ambiental (PA) destacam-se dois construtos que se relacionam entre si, o ambiente restaurador e o lugar. O ambiente restaurador pode ser caracterizado como espaço promotor de bem-estar, no que se refere a diminuição da atenção concentrada e alívio da fadiga mental. O lugar é o espaço em que o sujeito atribui significados pelas vivências e sentimentos. O presente estudo trata-se de relato de experiência de uma proposta de intervenção no campo da Psicologia Ambiental, tendo como foco a estética do ambiente restaurador/acolhedor no contexto educacional. Objetivou-se refletir sobre os fatores que estão associados à caracterização de um ambiente acolhedor e promotor de bem-estar psicológico no contexto universitário. Participaram da intervenção 17 estudantes de graduação em Psicologia. Utilizou-se como metodologia a dinâmica de Auto-Apresentação de Rojas-Bermúdez (1977) e a roda de conversa. Os dados obtidos foram analisados à luz das teorias de Kaplan (1989). Como resultado da proposta de intervenção, pôde-se verificar as principais características associadas a espaços percebidos como restauradores e refletir sobre processo de subjetivação em transformar o espaço da universidade em um lugar de significados para os estudantes. Conclui-se que a estruturação de um espaço acolhedor é um importante requisito para o estímulo de vivências mais positivas e sustentáveis no ambiente educacional.