OS INDÍGENAS WARAO NA REALIDADE BELENENSE: UMA PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

Este artigo trata da condição de imigrante das/os indígenas venezuelanos da etnia Warao em Belém do Pará. Tem como objetivo elucidar o tratamento dirigido a elas e eles pelo Estado e, principalmente, pelo município por meio da Política de Assistência Social. Fez-se uso da pesquisa exploratória de abordagem qualitativa, com base no levantamento bibliográfico e documental nas bibliotecas virtuais do portal Scielo, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Google Acadêmico e sites informativos de Organizações Governamentais e Não Governamentais. As considerações finais chamam atenção para os determinantes estruturais da imigração indígena, responsável pela sua pauperização dentro e fora do seu país. Nesse sentido, se salienta a potencialidade do capitalismo de criar riqueza a partir da criação da pobreza. A expropriação capitalista resulta em não proprietários, que experimentam a desigualdade de forma heterogênea. A luta de classe resulta nas políticas sociais, como conquista das/dos trabalhadoras/res organizadas/os e da concessão da burguesia, em seu investimento de mercantilizar a vida. A política de Assistência Social se dirige a aquelas e aqueles que não contribuem para a previdência e, essa condição, tem sido responsável por uma intervenção mais frágil comparada com as outras políticas setoriais no Brasil. O tratamento recebido pelas/os Warao, no país e, particularmente em Belém pela referida política, é ilustrativo. Ao elucidar similitudes entre indígenas analisadas/os e trabalhadoras/os assalariadas/os ou não, pelo capital, o artigo finaliza chamando atenção para a união das/dos expropriadas/os na luta pela emancipação.