ONE ANASTOMOSIS GASTRIC BYPASS (OAGB): PREVALÊNCIA DE REFLUXO ALCALINO E DISCUSSÃO DE SEU POTENCIAL EFEITO CARCINOGÊNICO

A obesidade é um problema atual que vem crescendo globalmente. É uma patologia que se caracteriza por um acúmulo excessivo de gordura no corpo, trazendo prejuízos à saúde e acarretando comorbidades. Existem variados tratamentos para a obesidade, incluindo modificações nos hábitos de vida e medidas medicamentosas. Entretanto, um dos tratamentos mais eficazes na perda e manutenção de peso é o tratamento cirúrgico, o qual pode ser feito por diferentes técnicas. Hoje em dia, o padrão ouro para as cirurgias gástricas é o bypass gástrico em Y de Roux, todavia, um método novo vem ganhando ascensão devido aos seus prováveis benefícios: o bypass gástrico de uma anastomose. Essa nova técnica é considerada mais simples tecnicamente e tem demonstrado maior eficácia na perda de peso e remissão de algumas doenças associadas à obesidade. Apesar disso, o obstáculo dessa técnica encontra-se na possibilidade de refluxo biliar, o qual tem indícios de ser potencialmente cancerígeno. Em vista disso, o presente busca elucidar aspectos quanto a técnica do bypass gástrico de uma anastomose e sua correlação com o refluxo biliar, assim como o seu papel no câncer gástrico. Para isso, foi realizada uma pesquisa na base de dados PubMed na qual foram levantados estudos relacionados com o bypass gástrico de uma anastomose, refluxo biliar e câncer gástrico. Foi demonstrado que o refluxo biliar é uma complicação das cirurgias gástricas, entretanto, não há estudos com casuística e tempo suficientes para afirmar sua relação com o câncer gástrico e sua maior incidência no bypass gástrico de uma anastomose.