INTERSECCIONALIDADE DA VIOLÊNCIA ENTRE RAÇA, GÊNERO E GORDOFOBIA E A VIOLAÇÃO DE DIREITOS DA PERSONALIDADE

Code: 220107416
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Título

INTERSECCIONALIDADE DA VIOLÊNCIA ENTRE RAÇA, GÊNERO E GORDOFOBIA E A VIOLAÇÃO DE DIREITOS DA PERSONALIDADE

Autores(as):
  • Tainara Almeida da Silva

    Silva, Tainara Almeida da

  • Fabiana Rodrigues Barletta

    Barletta, Fabiana Rodrigues

DOI
10.37885/220107416
Publicado em

16/02/2022

Páginas

2284-2298

Capítulo

180

Publicado no livro

OPEN SCIENCE RESEARCH I

Resumo

A violência contra a mulher gorda e negra e a violação dos direitos de personalidade é o foco central do estudo empreendido. Tendo em vista a necessidade urticante de trazer à baila o debate essa seara, iremos utilizar ao longo do projeto elaborado a metodologia de autoras como Nancy Fraser, Bell Hooks, Naomi Wolf e Ingo Wolfgang Sarlet, que discutem a íntima relação do corpo com o ambiente, além de debates feministas envolvendo a relação entre classe e raça e, também, debates do Direito Civil, parte geral, que aborda os Direitos de Personalidade, imprescindíveis para o debate. Com escopo, Pode-se perceber que a violência contra a mulher gorda e negra enquadra-se na discussão, por exemplo, traçada pela filósofa feminista Nancy Fraser, haja vista que as mulheres gordas e negras se dissociam da normatividade cultural que é de um corpo branco (nesse aspecto, retoma-se a discussão central de permanência do racismo velado, principalmente contra minorias das minorias: mulheres e gordas), magro e com poderio econômico, pois é indispensável abordarmos também o espectro de classe dentro dessa discussão, uma vez que essas mulheres, primordialmente, tem sua capacidade de permeabilização dentro do seio da sociedade, menor e com mais obstáculos, até mesmo quando analisamos as dificuldades que elas encontram para adentrar a serviços básicos e primários, ora de saúde, ora de emprego, moradia o que desemboca. Assim, compreende-se que a sua representatividade em canais de tv é muito pouca e quando o é, pauta-se em escarnio, ridicularização e papéis ora secundários, ora discriminados a funções de baixa renda, representando, destarte, qual o papel majoritário que essas mulheres tem dentro do lar, da vida privada e na vida pública. Dentro desse rol, ainda, buscaremos compreender os Direitos de Personalidade no que tange ao Direito de Imagem, já que não raras as vezes, tais indivíduos são estereotipados conforme referenciado. Por isso, é necessário entendermos como se soergueu as pautas sociais que reafirmam esses estereótipos, partindo de uma análise mais profunda na ótica de raça e como o racismo, entrelaçado no seio social e com profundo rastilho histórico, se atrela com fatores de gênero e, por fim, como essa interseccionalidade de raça, classe e gênero se fortificam e se aliam com o aspecto da gordofobia para auxiliar nessa inferiorização e influir para corroborar a violência contra essas mulheres.

Palavras-chave

Direitos da Personalidade, Interseccionalidade, Identidade, Direito Civil.

Autor(a) Correspondente
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