COLEOBROCAS EM NOGUEIRA-PECÃ NO RIO GRANDE DO SUL, BRASIL

Objetivo: O estudo objetivou relatar e caracterizar as injúrias ocasionadas por coleobrocas em plantas de Carya illinoinensis (Wangenh.) K. Koch (Juglandaceae), no Rio Grande do Sul. Métodos: O primeiro relato ocorreu em outubro de 2012, em um plantio de um hectare de nogueira-pecã, composto por quatro diferentes cultivares, no município de Tunas-RS (29°06'30"S; 52°56'4"O), com relatos posteriores em outros município. Para caracterização das injúrias, foram coletadas cinco plantas atacadas por coleobrocas, em Tunas-RS. As plantas foram seccionadas logo acima do porta-enxerto, em duas secções. A partir do seccionamento, realizou-se a contagem dos orifícios por secção e calculou-se o volume por Smalian; em seguida, realizou-se correlação linear de Pearson para as variáveis analisadas. Resultados: Das 204 plantas presentes no plantio, 60 (29,4 %) apresentaram sintomas de ataque pelas coleobrocas identificadas como Corthylus sp.1, Corthylus sp.2 e Xyleborinus sp. (Coleoptera: Curculinidae, Scolytinae). Os sintomas externos constituíam-se da presença de brotação do porta-enxerto; orifícios no tronco (nunca no porta-enxerto); presença de serragem, em alguns casos, exsudação da seiva; em outros, a casca apresentava rugosidade, e, amarelecimento das folhas. Após apresentar um ou mais sintomas externos, as folhas secavam e caíam, e após duas a quatro semanas, constatava-se a morte da planta. Na parte interna das plantas atacadas verificou-se manchamento do lenho. Constatou-se uma média de 24 orifícios por planta, com correlação significativa positiva entre o número de orifícios, comprimento das secções e volume. Conclusão: Este é o primeiro registro de ocorrência de coleobrocas atacando plantas de nogueira-pecã no sul do Brasil.