CIDADE ARMÁRIO: CORPOS, SEXUALIDADE E SUBVERSÃO

Code: 201202415
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Título

CIDADE ARMÁRIO: CORPOS, SEXUALIDADE E SUBVERSÃO

Autores(as):
  • Camila de Freitas Moraes

    Moraes, Camila De Freitas

  • Cristine Jaques Ribeiro

    Ribeiro, Cristine Jaques

  • Carla Graziela Rodegueiro Barcelos Araújo

    Araújo, Carla Graziela Rodegueiro Barcelos

  • Diônata Nunes Garcia

    Garcia, Diônata Nunes

  • Pablo Rodrigo de Andrade Barbosa

    Barbosa, Pablo Rodrigo de Andrade

  • Beatriz Santos de Moraes

    Moraes, Beatriz Santos de

  • Bruna Patrícia Fumagalli Duarte

    Duarte, Bruna Patrícia Fumagalli

  • Taynah Silva de Aviz

    Aviz, Taynah Silva de

DOI
10.37885/201202415
Publicado em

10/02/2021

Páginas

107-117

Capítulo

7

Resumo

Este ensaio, traz como pano de fundo a violência e os processos de exclusões e subalternidades aos quais se materializam sobre os corpos da população lgbt, a saber Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais ou Transgêneros (LGBT) e sendo estes por assim dizer, sempre os corpos postos enquanto alvos do poder estatal, e constituindo-se assim desde o período colonial, isto é, a herança colonial trazida na Invasão das Américas mais do que dizimar, usurpar e aniquilar corpos, subjetividades e riquezas, instaurou nesse “novo mundo” códigos de condutas e de moralidade aos povos autóctones. Especialmente, no Brasil, quando as questões de sexualidade, raça e gênero se entrecruzam nos atos explícitos de discriminação que se avolumam, sobretudo, nos espaços públicos da cidade e sendo o território brasileiro um dos países que na atual conjuntura global se encontra dentre os que mais registram casos de violência lgbtfóbica e racial. Por isso, se fez importante trazer a metáfora da Cidade compreendida aqui enquanto Armário, por ser aquela que tampona a fala, silencia os corpos e organiza-os de modo a discipliná-los e a classificá-los. Diante disso, tem-se como aposta que as cidades modernas são as reinvenções do processo colonial, justamente, por se manterem em suas narrativas, comportamentos e ações a partir das estruturas da égide do poder eurocentrado e sendo essas postas em evidência nos modelos universalizantes de urbanização e territorialização; na produção e uso dos espaços públicos, mas sobretudo, na exclusão das formas dos sujeitos habitarem à cidade, de modo, a segregar e a mortificar aqueles que se encontram em dissonância as normas impostas e nesse sentindo, a Cidade Armário se apresentaria fissurada frente às problemáticas da exclusão social, da violação de direitos humanos, na precarização das formas de existir e da negação ao direito a cidade. A nível metodológico, a pesquisa se dá por meio da técnica de pesquisa bibliográfica e a partir da análise textual dos artigos encontrados no banco de dados do Scielo, LILACS e da Biblioteca Digital de Teses e Dissertações. Conclui-se, portanto, que se faz pungente denunciarmos as trajetórias dos corpos que historicamente se encontram em processo de desumanização, sendo esse trabalho uma aposta emancipatória e subversiva a partir do pensamento decolonial, anti-lgbtfóbica e antirracista na luta contra as opressões cuja a gênese se dá no período colonial, bem como, na necessidade de repensar e redefinir a investigação sobre o direito à cidade e os modos de nela se existir.

Palavras-chave

Cidade; Colonialidade; Corpos; Lgbt e Raça

Autor(a) Correspondente
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