APLICAÇÃO DE ONDAS ULTRASSÔNICAS EM MADEIRAS AMAZÔNICAS TRATADAS E NÃO TRATADAS EM CAMPO

Estudos sobre a resistência de madeiras tratadas quimicamente e não tratadas, expostas às intempéries e em contato com o solo, desempenham um papel importante para o desenvolvimento do mercado florestal, através da introdução de novas espécies. Permitem também a valorização deste produto, tendo em vista o seu uso para as mais diferentes finalidades, em especial na construção civil. O presente estudo teve como objetivo avaliar o desempenho de estacas de marupá (Simarouba amara Aubl.), tauari (Couratari sp.) e cumaru (Dipteryx odorata (Aubl.) Willd.), tratadas quimicamente com arseniato de cobre cromatado (CCA) tipo C e não tratadas, em campo de apodrecimento. Para cada espécie de madeira foram utilizadas 10 amostras tratadas e 10 sem tratamento (testemunhas), totalizando 60 amostras. A intensidade da deterioração, ou integridade das amostras instaladas no campo de apodrecimento, foi avaliada de acordo com seu aspecto visual, e através de análise não-destrutiva utilizando a técnica de ondas ultrassônicas. Dentre as amostras testemunhas, as de marupá apresentaram uma vida útil inferior a 2 anos, as de tauari inferior a 3 anos e todas as de cumaru ainda permanecem no campo, em bom estado de integridade. Até o momento, o tratamento químico tem se mostrado eficiente na proteção das amostras das três espécies de madeiras. A comparação entre a perda de massa e a velocidade de propagação da onda ultrassônica se mostrou significativa ao nível de 1% de probabilidade. Esse resultado sugere a possibilidade do uso da avaliação não-destrutiva (ultrassom) para determinação do estado de sanidade de amostras de madeira expostas às intempéries e em contato com o solo.