A TRÍPLICE EPIDEMIA DAS PRINCIPAIS ARBOVIROSES TRANSMITIDAS NO BRASIL

Code: 210705282
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Título

A TRÍPLICE EPIDEMIA DAS PRINCIPAIS ARBOVIROSES TRANSMITIDAS NO BRASIL

Autores(as):
  • Alexander Gonçalves Ferreira Guimarães

    Guimarães, Alexander Gonçalves Ferreira

  • Marina Atanaka

    Atanaka, Marina

DOI
10.37885/210705282
Publicado em

30/07/2021

Páginas

112-132

Capítulo

9

Resumo

Introdução: A incidência das arboviroses ocorre predominantemente em áreas urbanas provocando um grande problema de saúde pública no mundo. Atualmente no Brasil as três arboviroses de maior importância para a saúde pública são a Dengue (DEN), Chikungunya (CHIK) e Zika Vírus (ZIKV), sendo estas capazes de serem transmitidas pelos mesmos insetos vetores, o Aedes aegypti e o Aedes albopictus. No Brasil, têm sido notificadas diversas epidemias, principalmente de DEN, há vários anos, e mais recentemente de CHIK e ZIKV, e as mesmas demonstram a presença desses vetores em diferentes regiões do País, demostrando o seu grande potencial de adaptação e dispersão. Objetivos: Este trabalho tem como objetivo principal analisar o cenário da tríplice epidemia das principais arboviroses em transmissão no Brasil e apontar a circulação de novas arboviroses no estado de MT. Métodos: Trata-se de uma pesquisa quantitativa com o desenvolvimento de um estudo epidemiológico descritivo, com base nos casos confirmados de Dengue, Febre Chikungunya e Zika Vírus. Os casos notificados foram obtidos pelo SINAN e TABNET/DATASUS no período que abrange o início da cocirculação simultânea das três arboviroses (2015-2019). Resultados: Entre 2013 e 2016, foram notificados cerca de 5 milhões de casos de dengue no Brasil, o total de casos neste período superou o total de casos registrados na década passada. No período do estudo, os sorotipos DENV4 e DENV1 predominaram no País, sendo confirmados 2.300 óbitos por dengue no Brasil. O ano de 2015 concentrou o maior número de óbitos no período. Conclusões: A dengue continua sendo um dos mais importantes problemas de saúde pública no Brasil, mesmo com a emergência de novos vírus transmitidos pelo Aedes aegypti, tendo em vista a carga da doença e o grande potencial de evolução para óbito. A vigilância deve atuar de maneira intensa, especialmente nos períodos de baixa transmissão, visando manter o alerta sobre a doença, detectar precocemente as alterações no padrão epidemiológico e identificar o sorotipo viral circulante para intervir oportunamente no controle.

Palavras-chave

Arboviroses, Epidemiologia, Saúde Coletiva.

Autor(a) Correspondente
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