35 ANOS DA AIDS NO MARANHÃO: O LIVRO-REPORTAGEM COMO INSTRUMENTO DE RECONSTITUIÇÃO MEMORIALÍSTICA

O jornalismo tem como uma de suas principais características o olhar atento e rápido sobre os fatos da atualidade. Há, entretanto, momentos da história que marcam tão profundamente o tempo presente, que causam consequências não apenas para a época onde os fatos trabalhados pelo jornalismo transcorrem, como também para o comportamento das gerações futuras, que já nascem em um cenário moldado por situações e caminhos pelos quais não fizeram opção. Um desses momentos ocorreu na década de 1980, com o surgimento avassalador da Aids, onde parte de uma geração foi dizimada. Nesse sentido, o presente artigo pretende realizar um mapeamento bibliográfico acerca do diálogo teórico existente entre o jornalismo, história, memória e literatura e de que forma o trabalho em conjunto entre esses campos, por parte do pesquisador, pode contribuir para a reconstituição memorialística, e em se tratando do objetivo deste artigo da rememoração dos 35 anos do primeiro diagnóstico HIV+ no estado do Maranhão; bem como as suas implicações para a vida daqueles que vivenciaram esse período.