ETNOICTIOLOGIA EM TRÊS COMUNIDADES DO ESTADO DO AMAPÁ.: ETNOICTIOLOGIA

região amazônica possui inestimável biodiversidade, importante ambientalmente em aspectos bióticos, abióticos, sociais e econômicos. O objetivo deste trabalho foi estudar a o conhecimento de pescadores artesanais sobre aspectos ecológicos e taxonômicos dos peixes em comunidades de influência da bacia hidrográfica do Igarapé Fortaleza no estado do Amapá. Foi adotada uma amostragem do tipo "Snowball sampling" na qual foram aplicados 45 questionários semiestruturados a pescadores das comunidades de Elesbão (N12), Matapi-Mirim (N18) e Igarapé da Fortaleza (N15) entre o período de junho de 2015 a junho de 2016. Cada questionário aplicado foi acompanhado de um caderno de fotos “kits fotográficos”. Dados de frequência de citações e riqueza de espécies citadas/observadas foram calculadas usando o Software Biostat 5.0. Os termos ecológicos (Medidas de diversidade) foram calculados usando o Software Diversity estatístico.Os entrevistados apresentaram considerável tempo de atividade na pesca (20.8±13.4 anos) e mostraram ter vasto conhecimento sobre ecologia/taxonomia de 57 espécies de peixes, sendo in memoriam (12.6±6.6) e citações “kits fotográficos” (11.0±5.1). As espécies identificadas (Gênero sp.) representam a diversidade local e a variedade de capturas pelos pescadores artesanais, sendo respectivamente abundantes, Aracu (Leporinusspp.); Pescada (Plagioscion spp.); Traíra (Hoplias spp.); Filhote (Brachyplatystoma filamentosum); Dourada (Brachyplatystoma rousseauxi); Jeju (Hoplerythrinus spp.); Tamoatá (Hoplosternum litrorale); Branquinha (Psectrogaster sp./Curimata spp.); Acará (Cichlidae) e Tambaqui (Colossoma macropomum). Este estudo apontou informações pioneiras e relevantes para a caracterização ictiológica e da atividade de pesca artesanal local. O conhecimento nesse estudo pretende contribuir para aplicação de estratégias de manejo e co-manejo dos recursos pesqueiros.