FORMAÇÃO DE PROFESSORES NA PERSPECTIVA DA INCLUSÃO

A formação docente faz parte das políticas educacionais e está sujeita a diferentes perspectivas, dentre elas, as políticas inclusivas. Este trabalho tem como objetivo explicitar uma reflexão a partir do referencial epistemológico e de apontamentos de uma pesquisa maior – que ainda está em curso – e ressaltar os avanços, limites e resultados da política de formação continuada para professores no país. A metodologia contou com pesquisa bibliográfica (livros, artigos e legislação), e com abordagem epistemológica foucautiana. Ressaltou-se os significados que as questões inclusivas possuem na atuação pedagógica dos professores, partindo do pressuposto legislativo, que dá direito aos professores fazerem essas capacitações. Os resultados apontam que na maioria das vezes, esses profissionais efetivam esse direito abrindo mão de momentos familiares, de lazer, de descanso e, mesmo assim, conseguiram oferecer resultados pedagógicos inclusivos, em suas atuações como docentes. Diante dos dados apontados, conclui-se que as concepções de diferença e deficiência, ainda são discursos camuflados pela concepção da diversidade, e que precisam ser debatidos nas formações docentes. Para que o ensino se volte para a aprendizagem humanizada, é preciso que a formação de professores seja oferecida, e concretizada, com currículos que desmistifiquem a concepção de deficiência associada à diferença, de diversidade associada ao respeito e de aprendizagem associada à normalidade.